Exército prorroga inquérito que investiga agressões contra militar dentro de quartel por mais 30 dias

Foto: Fernando Ramos (Arquivo Diário)

O Exército prorrogou por mais 30 dias o Inquérito Policial Militar (IPM) que investiga as agressões contra um então soldado dentro de um quartel de Santa Maria. Ele estava em um alojamento do 29º Batalhão de Infantaria Blindada (29º BIB).

Conforme a instituição, o tempo a mais é necessário porque mais testemunhas precisam ser ouvidas antes que se chegue a uma conclusão.

AS AGRESSÕES

A violência aconteceu na noite de 18 de fevereiro deste ano. O jovem, de 20 anos, era um Soldado de Efetivo Variável (Sd. EV), que cumpria o serviço militar obrigatório. O nome dele não será divulgado pelo jornal para não expô-lo.

Conforme apurado pela reportagem, ele estava deitado na sua cama, em um dos alojamentos do quartel, quando foi surpreendido pelo grupo, composto por sete colegas. Os agressores teriam tirado a vítima da cama e a imobilizado no chão. Enquanto um deles filmava, outros seis cometiam a agressão, com uso de cordas e um facão. A violência teria se estendido por pelo menos 10 minutos.

Soldado é agredido por colegas dentro de alojamento de quartel em Santa Maria

A violência foi reconhecida pelo Exército em um primeiro momento, que classificou as agressões como tendo sido causadas "por meio de tortura, meio insidioso ou cruel". A afirmação consta em um laudo emitido pela instituição e obtido pelo Diário. Em nova avaliação médica da vítima, feita dias depois, a caracterização das agressões foi excluída.

Os sete foram presos disciplinarmente e licenciados do Exército, e depois instaurou uma sindicância para investigar o caso. Leia na íntegra a nota oficial do Exército clicando aqui.

INQUÉRITO CIVIL

A Polícia Civil instaurou inquérito para investigar as agressões. Esse procedimento investigativo corre em paralelo ao IPM.

A vítima passou por exame de corpo de delito junto ao Instituto Médico Legal (IML).

Segundo a polícia, neste momento não é possível divulgar novas informações, pois isso pode atrapalhar a investigação.